Nunca tendo tido formação pedagógica, foi só este ano que vim a saber que existe uma coisa chamada "Taxonomia de Bloom", que classifica os graus de desenvolvimento cognitivo em 6 níveis:
- Conhecimento
- Compreensão
- Aplicação
- Análise
- Síntese
- Avaliação
- Lembrar (Remember )
- Compreender (Understand )
- Aplicar (Apply )
- Analisar (Analyse )
- Avalia (Evaluate )
- Criar (Create )
Aqueles autores cruzam esta lista com a dos diferentes tipos de conhecimento e obtêm a seguinte matriz, que resume o novo modelo:
E, como eu também não sabia o que era, aqui fica uma definição de conhecimento metacognitivo (arquivada aqui), o conhecimento do nosso próprio conhecimento.
8 comentários:
Obrigada pela referência. O livro é melhor do que a recensão fazia prever... e re-sistematizador, naturalmente.
De nada, LN. Este é um blogue de serviço público... :-)
Isso é (d)a nova classificação dos blogues? a imitar a das profissões? ;)
Tenho visto blogues a servirem para muita coisa. Se calhar alguém já teve a pachorra de fazer uma taxonomia dos blogues...
A de Bloom (datada de 1959, se recordo bem) pode servir, por analogia, se bem que seja uma taxonomia de objectivos educacionais... e as categorias apresentadas aqui são do domínio cognitivo. Restaria verificar as do domínio afectivo e psicomotor.
Hum... e todas deveriam caber numa experiência de ensino equilibrada, claro. Também há taxonomias disso?
Li há dias que o ensino superior deveria ser pensado de forma a constituir, acima de tudo, uma experiência de vida agradável para alunos e professores. E acho que isso passa por atender a todos esses domínios.
Quando professores se recusam a alterar um 9,44 e obrigam um aluno a ficar mais um ano na universidade por causa de uma disciplina, estão a desprezar toda a componente humana do ensino. E a dar uma péssima imagem de si e dos seus colegas, que perpetuam um sistema em que estas coisas são possíveis...
E onde entram as do domínio moral? Não se pode estudar (bio)ética sem ter uma ideia da compreensão que os alunos (e nós próprios) temos do assunto. Ouvi falar do Lawrence Kohlberg, fui à procura dos seus estados de desenvolvimento moral e encontrei esta excelente análise (que arquivei aqui).
Ao princípio fiquei muito agradado por me parecer ter atingido o estado 6 :-) Mas depois vi que era preciso agir de acordo com ele, e baixei a minha auto-avaliação para o estado 5. E isto foi antes de ler as críticas ao trabalho e os desenvolvimentos posteriores...
Eu devia era ter feito uma entrada no blogue, mas pronto. Fica aqui o link para o video de uma conferencia da Carol Gilligan, uma colega e continuadora do trabalho de Kohlberg.
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