Hormese é a minha melhor tradução para o termo inglês "hormesis". Significa que um determinado produto (normalmente um poluente, ou uma toxina) tem efeitos opostos em doses altas e em doses baixas. Um livro recentemente editado,com o provocativo título "UNDEREXPOSED: What If Radiation Is Actually GOOD for You?" faz o ponto da situação relativamente à radiação. E advoga que a hormese contradiz o princípio actualmente aplicado de que toda a radiação ionizante é prejudicial, mesmo em pequenas doses. Isto tem, evidentemente, implicações fortes para as actuais políticas de avaliação de risco nuclear.
Façamos uma experiência: quantas pessoas morreram como consequência directa do acidente de Chernobyl? Pense num número e depois veja este artigo de Michael Fumento. E, para as bases teóricas da hormese radioactiva, este de S. M. Javd Mortazavi. E lá se vai uma das minhas razões para me opor à energia nuclear...
Um toxicologista chamado Edward Calabrese está desde há alguns anos a acordar o campo paralelo da hormese química. Basta ver os seus artigos na B-On. E digo acordar porque há um velho ditado dos farmacêuticos: "O veneno está na dose". Será que afinal as dioxinas da co-incineração até fazem bem à saúde?
E o princípio da precaução, onde fica? Na determinação do nível aceitável?
domingo, outubro 16, 2005
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