O verdadeiro biólogo adora taxonomia. Procurar as características que aproximam os labrídeos dos pomacentrídeos, meter tudo em caixinhas, umas pequeninas dentro de outras maiores e essas dentro de outras maiores ainda,... pode lá haver prazer maior!
E é assim porque a taxonomia dá muito jeito. Posso dizer "os felinos" e toda a gente sabe do que estou a falar. E o jeito que dá tem a ver com o facto de a taxonomia não ser arbitrária, mas reflectir uma estrutura básica da natureza de que o Linnaeus nem suspeitava. De modo que, quando se passou de classificar pelas parecenças para classificar pelas afinidades evolutivas, o esquema geral não se alterou. Salvo algumas excepções, quanto mais parecido mais aparentado.
A taxonomia simplifica a estrutura do mundo real, ajudando-nos a compreendê-la e a utilizá-la.
Uma taxonomia das falácias, como a compilada por Don Lindsay, tem essa mesma funcionalidade: ajudar as pessoas a analisarem o que lhes dizem, e a encontrarem padrões, que são depois mais fáceis de comunicar.
Há dias estive numa situação em que vi aplicar asserções ambíguas, argumentação por discurso rápido (e por observação selectiva, por leitura selectiva, por números pequenos), confundir correlação com causa, falácia redutiva...
Miau?
segunda-feira, outubro 24, 2005
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