O ano passado descobri que o James Lovelock via no nuclear a saída para o problema do aquecimento global. Justificando com base na necessidade urgente de abandonar os combustíveis fósseis, Lovelock diz que os medos da radiação são irracionais e que a energia nuclear é a mais segura de todas. Achei piada ao argumento, mas fiquei com uma pergunta sem resposta: "E o destino final do material radioactivo? Se já neste momento é problemático, o que aconteceria se a energia nuclear fosse adoptada em grande escala?"
Agora li uma série de artigos por Peter Bunyard no sítio do Institute of Science in Society sobre este tema. Deixo aqui o registo, para contrabalançar. Num primeiro artigo, este autor lança argumentos económicos (a energia é muito cara, porque pesadamente subsidiada) e de segurança (o plutónio pode ser utilizada por terroristas, e há sempre o risco de fugas e acidentes); no segundo, argumenta que a quantidade de urânio é limitada e que, se contabilizarmos a energia necessária para a respectiva extracção e enriquecimento (onde são utilizados combustíveis fósseis), as centrais térmicas produzem menos CO2 por kW.
Bunyard afirma que nos EUA não houve encomendas de novos reactores nucleares civis desde 1973. Faz pensar...
segunda-feira, julho 11, 2005
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2 comentários:
:O) Hi from NYC!
Olá. Seja bem vindo.
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