Sabemos certas coisas, concordamos com elas e percebemos a hipocrisia das pessoas que escolhem discordar embora saibam que são verdade. Mas continuamos, porque afinal o urgente se sobrepõe ao importante. Ou, o que dá no mesmo, porque não há nada a fazer.
E de repente (não mais que de repente) encontramos pessoas que não inverteram a ordem das prioridades. Pessoas que estão a fazer o que deve ser feito, a dizer o que precisa de ser dito.
Hoje encontrei David Suzuki, e o clique deu-se com o seu texto BIOTECHNOLOGY: A geneticists personal perspective. Diabo!, eu estudei genética pelo livro dele! E ele fala de Gen-Ética e faz sentido. Aponta as falhas da engenharia genética, e tudo é claro. Alerta para os perigos da ligação da universidade à indústria, e deixa-nos a pensar.
Daqui saltei para Brian Goodwin, agora professor no Schumacher College (para onde apetece ir a correr estudar). Dos seus artigos, li em diagonal From control to participation via a science of qualities e quando cheguei à parte da polémica entre Goethe e Newton sobre a teoria da cor vim a correr aqui escrever isto. Goethe não só fez melhor ciência que Newton, mas também a ligou às sensações que as cores nos transmitem. Ciência que liga refracção da luz, comprimentos de onda e a sensação de serenidade de um céu azul? Onde anda ela? Uma ciência humana, que nos reconcilie connosco e com a natureza: onde está?
domingo, maio 28, 2006
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