domingo, janeiro 08, 2006

Humor científico


Existem pelo menos três revistas humorísticas feitas por cientistas, para cientistas e sobre cientistas.

Conheci há alguns anos o Journal Of Irreproducible Results a propósito de um artigo hilariante sobre a relação entre o lançamento de tomates e o desempenho dos cantores de ópera. Note-se: fiquei impressionadíssimo pela esplêndida construção formal do artigo, em que eram cumpridas todas as normas de publicação científica, das figuras e tabelas e respectivas legendas, às citações e lista de referências (todas fictícias, obviamente, mas cada uma delas um fino exercício de humor).

Depois penso que houve uma desavença qualquer entre os editores, tendo daí nascido os Annals of Improbable Research. Esta é, no momento, a revista mais activa, com um blog e uma coluna semanal no The Guardian. Atribuem anualmente os prémios IgNobel, para pesquisa que não pode, ou não deve, ser reproduzida.

Ambas as revistas são americanas, mas recentemente descobri que os ingleses (mesmo os cientistas) também têm sentido de humor. A revista chama-se Null Hypothesis, e foi o local de publicação do artigo seminal em que, a partir de um modelo matemático construído para explicar porque é que a torrada cai sempre com o lado da manteiga para baixo, Lewis Dartnell conclui que o Universo foi criado por um Deus malévolo.

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