quinta-feira, dezembro 20, 2007

Aquacultura "doce"




Um dos meus cavalos de batalha tem sido a aquacultura de água doce, que me parece ter o potencial de providenciar recursos alimentares e económicos a muitas pessoas da Região.
Contra um maior desenvolvimento desta técnica nos Açores estão questões culturais, mas também questões políticas. Culturais porque as pessoas não estão habituadas a consumir peixe de água doce, nem a aquacultura faz parte do quotidiano rural. Políticas porque o potencial da aquacultura dulçaquícola está na pequena exploração familiar, para consumo próprio e/ou local, e isso não desperta o interesse dos grandes grupos económicos.
Por tudo isto, foi interessante descobrir que o Asian Development Bank editou recentemente um livro com o sugestivo título "An Evaluation of Small-Scale Freshwater Rural Aquaculture Development for Poverty Reduction". Nele se diz
Rural aquaculture generates employment and cash income, and provides animal protein and essental nutrients to consumers. It contributes to rural livelihoods, improves food supply, and makes low-cost fish available in domestic markets. Integrating aquaculture into smallholder farming systems can reduce risks to farmers through crop diversification; it also allows nutrient recycling."
A talho de foice, deixo também o registo da Declaração de Bangkok, da NACA (Network of Aquaculture Centres in Asia-Pacific) e da FAO, designada "Aquaculture Development Beyond 2000" e resultante da conferência "Aquaculture Development in the Third Millennium", e saliento o ponto 2.19:
"the practice of aquaculture should be pursued as an integral component of development, contributing towards sustainable livelihoods for poor sectors of the community, promoting human development and enhancing social well-being;"